Nos últimos dias, tem sido frequentes as notícias sobre aeroportos fechados na Europa devido ao acúmulo de neve na pista. Mas a neve que cai nas pistas utilizadas pela aviação comercial também cai sobre os aeródromos militares. E na hora de um acionamento para defesa aérea, como fazer?
No caso da Força Aérea Francesa (Armée de l’air), há quatro bases que respondem pelo alerta de defesa aérea em quaisquer condições climáticas: Mont-de-Marsan, Orange, Creil e Lorient, cada uma mantendo sempre dois caças em alerta, 24 horas do dia, 365 dias por ano, prontos para decolar assim que soa o alarme.
Mas, para decolar, a pista precisa estar livre de neve. Aí que entra o “thermosoufflante”, engenhoca que pode ser vista nas fotos divulgadas nesta quarta-feira, 22 de dezembro, pelo Armée de l’air.
Trata-se de uma máquina que combina um chassi de ônibus com um turbojato Atar, propulsor que originariamente equipava os Mirage III. O sopro do motor é direcionado para tubeiras que deixam o “thermosoufflante” com 14 metros de largura (ou envergadura, já que é equipado com um turbojato…)
Em resumo, o inesquecível silvo daquelas primeiras gerações do Atar continua sendo ouvido nas bases de alerta da Força Aérea Francesa. Mas agora é um prenúncio para a decolagem, nas piores condições do inverno, dos primos mais novos dos velhos Delta, equipados com novas gerações de motores Snecma.